14 setembro 2010
18 agosto 2010
NOVO ENDEREÇO!
A partir de agora atenderemos no seguinte endereço:
http://www.depoiseufalo.com.br/
Abraço,
TIAGO
05 agosto 2010
How the Internet works
Inaugurando o semestre, um infográfico bem bacana sobre o funcionamento da internet. Enjoy. Via: http://thenextweb.com/shareables/2010/08/03/how-the-internet-works/
01 julho 2010
Festa!
Respire fundo. Você está prestes a mergulhar, e precisa se concentrar muito pra chegar lá embaixo. O azul será uma simples malha da expressão normal da luz, mas haverá cores que você sequer imagina e um calor confortável - como se o nada, em si, fosse familiar. A primeira experiência debaixo d'água incita uma sensação maravilhosa de conexão e sinergia com o mundo: é um rito de passagem. Um batismo.
Isso: um tempo contemplativo - um templo, como o útero. Os movimentos graves vão se demorar por lá, acariciando as sensações. Surgirão nuances de uma nova música que vai se alongar em frequências alternativas, diferentes daquelas da superfície. E quando você menos esperar, cores e seres bioluminescentes vão estar à sua volta, multiplicadas, aos milhares. Esse é o momento. Você vai saber que está deixando um mundo pra trás, e vai sentir sua percepção querendo te mostrar uma verdade ultrasensível. Logo seu corpo não será mais que uma mera lembrança. Será parte da água a partir dali, e se juntará à imensidão líquida, unificadora de todas as coisas.
Os seres bioluminescentes do Overlei te chamam. Ouça: é essa música que vem de baixo d'água e de trás do espelho, como o segredo das sereias, ou o tic-tac apressado do coelho branco. É a luz estranha de dentro do seu monitor, e a próxima música do seu shuffle (travestida de um improvável acaso).
Seremos todos águas-vivas, e celebraremos encharcados essa vida-água com música, imagens, êxtase e contemplação.
Dia 14 de agosto,
Overlei DEBAIXO D'ÁGUA.
17 junho 2010
Wizard Smoke
Wizard Smoke from Salazar on Vimeo.
26 maio 2010
CLUBE DA VOZ HOJE NA ESPM
Via Clube da Voz
24 maio 2010
28 abril 2010
Lançamento do novo uno: espalhe espalhando em português, inglês e espanhol
A idéia é bem bacana e, claro, não deve representar nem metade da campanha de lançamento do novo uno da Fiat, mas dá uma boa noção de como estabelecer canais de diálogo, em meio ao fluxo publicitário tradicional que vai impulsionar a curiosidade geral da nação. Nota de hoje no bluebus, detalha aspectos da ação aqui.
27 abril 2010
quer ver a comunicação pós-moderna em ação?
Aqui, o link para a apresentação da defesa, sem bla bla bla, sem muita palavra na tela, apenas os conceitos principais, pra você.
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Renato Mader
20 abril 2010
Após divulgar dados inéditos, jornalista devolve protótipo de iPhone
O jornalista Jason Chen, que assinou um texto no blog Gizmodo divulgando imagens e dados inéditos do novo iPhone – produto ainda não lançado -, disse por e-mail ao Wall Street Journal que devolveu o aparelho à Apple ontem à noite.
Recapitulando: um funcionário da Apple deixou o celular em um bar em março em Redwood City, Etsados Unidos. Ao notar que o produto não era um iPhone comum, porque tinha duas câmeras, vendeu-o por US$ 5.000, segundo o New York Times, ao blog especializado em tecnologia Gizmodo, que divulgou detalhes sobre o produto. O blog relatou que a Apple lhe enviou uma carta pedindo o celular.
Fonte: Radar Economico
Sílvio Guedes Crespo
OCR - Transforme textos que estão dentro de imagens em arquivos editáveis
Para começar, é bom saber que OCR significa Optical Character Recognition, ou em português, reconhecimento ótico de caracteres. Com essa tecnologia, você consegue transformar textos que estão dentro de imagens em arquivos editáveis. O mais legal disso você pode usar sem ter que pagar nada!
Segue o site para quem quiser utilizar: http://www.free-ocr.com/
Abraços Shiguio
15 abril 2010
Vaga de estagiário de redação, na Grey.
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Renato Mader
12 abril 2010
Vaga de estágio para direção de arte na Matos Grey
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Renato Mader
07 abril 2010
Para fotógrafos e afins
Tudo sobre lançamentos, muitas discussões e várias dicas sobre o mundo da fotografia digital.
23 março 2010
ARK
ARK from grzegorz jonkajtys on Vimeo.
17 março 2010
Para os amantes de fotografia
16 março 2010
Between
Between from Via Grafik on Vimeo.
12 março 2010
A complexidade da simplicidade: Machinarium
Se antes as produtoras de jogos para computador precisavam gastar uma fortuna com marketing e distribuição, deixando espaço apenas para os megainvestimentos (nova regra gramatical) como World of Warcraft, Halo e outros, se contrapondo aos jogos em Flash toscos lançados a rodo em sites como o Newgrounds, hoje em dia esse cenário não é mais real. Assim como aconteceu primeiro no mundo da música e agora está acontecendo no cinema, a internet está se tornando um novo provedor barato de conteúdo, cortando gastos milhonários de distribuição e vendas.
Assim, um novo burburinho se instaurou no mundo dos geeks com a notícia do lançamento do jogo independente Machinarium no segundo semestre de 2009. Produzido pela Amanita Design, empresa da Rep. Tcheca que atua em vários ramos de animação, o jogo foi uma das grandes promessas do ano passado, principalmente por ter sido desenvolvido pelos criadores da famosa série de web-games Samorost.
Machinarium é um jogo de aventura com jogabilidade extremamente simples do tipo point and click no qual o jogador deve resolver puzzles e brain teasers no melhor estilo Full Throttle misturado com 7th Guest, jogados num gráfico que parece que saiu dos créditos de Wall-E. Cada fase, por assim dizer, parece uma obra de arte. Mas melhor que ficar explicando, aqui vai o vídeo.
A história é a seguinte: você é um robô que foi jogado por acaso pra fora da sua cidade por um removedor de lixo e precisa voltar pra salvar sua namorada e seu amigo que foram pegos num plano maquiavélico criado pelos vilões da história, a Black Cap Brotherhood. Josef, o personagem principal do jogo e que você controla, só pode interagir com objetos do cenário que estejam ao alcance dele, mas como é impossível morrer nesse jogo, aproveite e ande por aí para descobrir como desvendar os puzzles. Os elementos interagíveis estão emaranhados no meio do cenário complexo e detalhado, mas na medida perfeita para que você possa desfrutar da beleza do jogo sem se cansar, mas fazendo o jogador fritar um pouco os neurônios. Para o caso de você não conseguir resolver o puzzle, os criadores deixaram dois tipos de dicas para serem usadas pelo jogador: a primeira é a clássica lampadinha que quando clicada mostra uma imagem que pode te ajudar; a segunda, e imagino que eles tenham feito essa só porque ela é incrível, é um joguinho de desviar de obstáculos no qual, ao chegar ao fim do percurso, você recebe as instruções do cenário.
Melhor do que ficar lendo e tentando descrever a beleza desse jogo, que concorreu e ganhou vários prêmios (incluindo o de Excelência em Artes Visuais no Festival de Jogos Independentes), visite o site e experimente a versão demo. Afinal, estou aqui tentando ajudar esses caras que gastaram meros U$1000 no marketing de jogo, mas merecem todas as chances de aparecerem por aí. O problema agora é decidir se eu espero para pegar a versão pirata e jogo até o final ou se pago os U$20 no site pra baixar o jogo original de uma vez. Mas bem que eles merecem essa "bolada".
05 março 2010
Você não está fadado a ser D.A . ou Redator
Apesar do bom bate-papo que tivemos na última aula do Tiago, na quarta-feira passada, não deu tempo de falar tudo que queria. Nesse post, tentarei falar de forma mais prática o que um aluno na faculdade precisa para conquistar um primeiro emprego na área que deseja.
O primeiro passo e mais importante de todos é ter em mente, como uma verdade pra si mesmo, o fato de estarem interessados em correr atrás e não só esperar uma chance cair no colo.
Atirar pra todos os lados é uma boa estratégia? Sim, desde que você limite os "lados". Digamos que tem algo muito específico que você queira trabalhar: planejamento criativo. Mas onde fica o planejamento criativo? Não é só em agência. Produtoras, fornecedores, empresas de tecnologia, clientes... todos têm demanda por pessoas criativas, mesmo que em áreas mais estratégicas e menos táticas. Qualquer tipo de empresa entre essas citadas são válidas pra você ficar de olho. Digo até que vale mais a pena do que só tentar qualquer tipo de vaga em qualquer agência. São diversas oportunidades.
O lance é aquilo que eu e o Tiago falamos na aula. Esqueça nome de cargo. Nessa fase de procurar emprego, olhe todas as vagas independente do nome. Foque no job descrition. Se é algo que você se imagina fazendo, se candidate.
Portfolio online é sempre bom. Tão importante como currículo. Tenha principalmente nele idéias e campanhas. Pode ser algo hospedado em slideshare. Ninguém vai exigir aqueles vídeos de cases maravilhosos e etc. Um simples PPT bem feito e mostrando que você pensa no todo em vez de só um bannerzinho interativo ou uma página dupla com sacadinha revelam que além de criativo, você tem capacidade de organizar essas idéias. Para montar o portfolio, uma das melhores coisas é pegar todos os trabalhos feitos durante a faculdade e refazer. Sempre tem um ou outro que a gente fez correndo só pra entregar pro professor no prazo, mas que tem muito mais potencial pra explorar e melhorar.
Segue abaixo, aquela ótima apresentação do Raul de Santa Helena, que mostrei a vocês durante a aula, para que vejam com mais calma.
Deixo ainda aqui, uma lista de dicas ótima Para quem está chegando agora, feita pelo Michel Lent, que recomendo a leitura.
E pra finalizar, a Espalhe está contratando! Se candidate aqui: http://bit.ly/aSOLM3
Grande abraço e boa sorte!
03 março 2010
Tostitos: Intervenção e salsa no Vimeo
“And Then There Was Salsa” from Frito Lay Dips on Vimeo.
[Via brainstorm9] Criado pela Goodby, Silverstein & Partners e produzido pela Laika, do indicado ao Oscar “Coraline”, o filme para Tostitos da Frito Lay ganha nova vida no Vimeo.
É mais uma daquelas intervenções com vídeo nas páginas dos publicadores, que começou em 2008 no YouTube com o famoso “Shake It” para Wario Land. Já tivemos várias ações similares, e a primeira no Vimeo foi realizada pela Honda em abril do ano passado.
O formato é repetido, mas a produção faz essa iniciativa da Frito Lay ser bem mais interessante (e bonita) do que grande parte imitações que surgiram nos últimos meses. Para ver em funcionamento, vai no Vimeo.
Copy Paste do Brainstorm9
Blog Design
O levantamento é antigo, mas vale a referência.
Veja post completo aqui.
O perfil do Especialista de Mídias Sociais
Veja o post completo com direito a job description em formato pocast aqui.
Copy Paste do Sulfúrico.
Principios de design, aplicados em um portal?
Novo design do portal da BBC, e um post fantástico,
relacionando toda a evolução do bicho, ao longo do processo.
Um dos cabeças: Neville Brody, ícone máximo do grafismo nos anos 80,90, e pelo jeito, 10...
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Renato Mader
este é o briefing. e ai? o que fazer a partir daqui?
Se você tem aula com o Mader, esta quinta feira promete. Se tem aula com o Tiago, com certeza vai render boa conversa também.
Este vídeo é parte da campanha que a TBWA de Paris, realizou para a conscientização do uso da camisinha frente a adolescentes franceses.
Vale a verdade "nua e crua", e mais ainda, a linguagem, provavelmente familiar ao extremo de qualquer um que já se viu em banheiro público com uma canetinha hidrocor na mão.
Este é o briefing, e a partir dele, nossa aula de quinta feira começa!
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Lucia, Luis y el lobo
PARTE I
PARTE II
01 março 2010
Free as bird
Céleste Boursier-Mougenot é o cabeça atrás dessa instalação.Ele é um artista plástico francês, e já esteve aqui no Brasil, na Pinacoteca de São Paulo ano passado, colocando pratos de cerâmica flutuando em três piscinas; os pratos se esbarravam e aí então faziam barulho, bem aleatóriamente. O mesmo ocorre nessa nova exposição. É um viveiro com pássaros e cinco guitarras ligadas a amplificadores, com direito a pedais de distorção.
28 fevereiro 2010
Typetester
Site interessante para quem está na dúvida em qual fonte escolher para seu texto!
Você escolhe até 3 fontes diferentes, além de poder mudar outras coisas, como tamanho da fonte, alinhamento, espaçamento, etc.
Entra lá!
26 fevereiro 2010
Aquarela
Marcelo Daldoce é aquarelista e faz ilustrações para a revista Playboy. 24 de seus quadros pintados para a revista estão expostos na Galeria POP e ficarão até o dia 20 de março, vale a pena conferir o talento do rapaz.
25 fevereiro 2010
24 fevereiro 2010
12 fevereiro 2010
Telas de Bob Dylan na Halcyon Gallery
Se você estará em Londres neste fim de semana, ou visitará a cidade até o início de abril, considere-se um grande sortudo.
Começa amanhã, 13 de fevereiro, na Halcyon Gallery, uma exposição das telas do legendário cantor e compositor norte-americano Bob Dylan. Para aqueles que conhecem apenas a faceta musical do gênio, será uma grande oportunidade de ter contato com seus excelentes trabalhos plásticos. As obras, que estarão expostas até 10 de abril, pertencem à última parte da primeira série de trabalhos do artista, chamada "The Drawn Blank Series". São trabalhos derivados de rascunhos produzidos na estrada, durante suas várias viagens entre 1989 e 1992, e apenas anos mais tarde viraram pinturas finalizadas.
Sobre a sua obra, Dylan diz:
"I just draw what’s interesting to me, and then I paint it. Rows of houses, orchard acres, lines of tree trunks, could be anything. I can take a bowl of fruit and turn it into a life and death drama. Women are power figures, so I depict them that way. I can find people to paint in mobile home communities. I could paint bourgeois people too. I’m not trying to make social comment or fulfil somebody’s vision and I can find subject matter anywhere. I guess in some way that comes out of the folk world that I came up in."
Agora, se assim como eu, você não vai estar em Londres nos próximos dias, vale a pena entrar aqui e dar uma olhada nas telas e na apresentação dessa fabulosa exposição que já está para começar.
Best Of The 2000's
Ministry of Type
Alguns exemplos:
Estes belos posters planetários do designer Ross Berens, que parecem algo que a NASA faria na metade do século passado.
Confiram, pessoal. O blog é lindo e os posts são um show.
11 fevereiro 2010
Most Contagious em 2009
10 fevereiro 2010
Livro de Cavallini sugere o futuro da comunicação
"Onipresente, o terceiro livro de Ricardo Cavallini, fala das mudanças que estão ocorrendo com o consumidor, nas agências, na comunicação. Não apresenta fórmulas mágicas, mas colabora com conhecimento, tão importante nesses tempos empíricos."
CREATIVE COMMONS
Desde crianças, somos ensinados a não julgar um livro pela capa. Entretanto, ao ser apresentada ao Onipresente, essa foi uma atitude que não pude evitar. Não foi, no entanto, a arte minimalista ou o título enigmático – que nas últimas páginas passou a fazer total sentido – que me causaram primeiras impressões fortes, mas sim o modo de licença no qual o livro foi publicado.
Onipresente foi meu primeiro contato com o Creative Commons e sua interessante proposta de levar conteúdo a todos. É um modelo oposto ao que estamos acostumados a encontrar no mercado – e, em geral, em nossa vida – onde predomina a ideia de propriedade. Aqui, a ideia é dividir boas ideias, e um livro publicado sob esta nova ótica, muito mais colaborativa, só pode ter algo interessante a dizer, pensei.
Após as primeiras páginas, tive o sentimento de que o Creative Commons poderia, facilmente, ser objeto de estudo do livro – e, de certa forma, ele é, quando o autor aborda as diversas mudanças na comunicação atual, derivadas das mudanças em nossa sociedade, e vice-versa. De certa forma, pode-se dizer que este novo modelo de publicação é um filhote da internet e do impacto que esta tem na vida das pessoas. Mais do que isso, o Creative Commons reafirma uma forte tendência: as pessoas não buscam mais comprar um conteúdo, devorá-lo e guardá-lo no fundo do armário. Elas querem interagir, repassar, gritar para todos o que pensam sobre aquilo e, mais do que nunca, descobrir o que os outros também têm a dizer.
A TECNOLOGIA E AS MUDANÇAS SOCIAIS
Um dos assuntos mais interessantes abordados pelo livro trata da evolução tecnológica, como o surgimento da internet, celulares, jogos e outros aparelhos e serviços indispensáveis atualmente; e a paralela transformação social que assistimos nas últimas décadas, principalmente no que diz respeito ao consumo, à atenção e à comunicação.
Não é por acaso que todas essas mudanças vêm ocorrendo ao mesmo tempo. Como uma bola de neve, a evolução tecnológica cria novos meios de se comunicar, mudando a relação das pessoas com o mundo que as cerca e com elas mesmas. A sociedade acaba, por sua vez, demandando tecnologias ainda mais novas, que preencham suas necessidades e desejos mais futuristas. Assim, um fato alimenta o outro, e um grande ciclo é formado.
É importante destacar, citando o autor do livro, que “a tecnologia é apenas um suporte para potencializar a mudança”. O crescente número de redes sociais, de comunidades em torno de assuntos comuns, a troca de conteúdo e a interação que encontramos na internet não são frutos únicos da tecnologia, são tendências humanas que verificamos também – e originalmente – fora do ambiente digital.
A GERAÇÃO Z
Os jovens que nasceram na década de 1990 possuem características extremamente peculiares. Nascidos em um ambiente totalmente tecnológico, não conhecem o mundo sem internet, celular e controles remotos. Acostumados desde cedo a controlar os gadgets mais modernos e desejados de nossa sociedade, aos 10 anos já dão um banho em qualquer adulto quando o assunto é tecnologia. Aquele executivo do alto escalão de uma multinacional não conhece nem metade dos aplicativos para internet e celular que seu filho maneja de olhos fechados.
Em contraponto, o excesso de informação, de estímulos, de interação e de veículos de comunicação é responsável por outra forte característica da chamada Geração Z. Ainda que sejam capazes de lidar com os mais diversos e os mais avançados aplicativos, é raro que consigam se aprofundar e manter uma relação íntima com algum deles. Esses jovens fazem um milhão de atividades ao mesmo tempo: assistem a um vídeo no Youtube, conversam no MSN Messenger, estudam para uma prova, ouvem música, fazem downloads de jogos e enviam um SMS para um amigo. Mas, geralmente, grande parte dessas interações acontecem de forma superficial.
Além disso, suas agendas costumam ser tão cheias quanto à de um adulto. Seus dias são preenchidos por atividades de todos os tipos, e, sempre com pressa, sentem desde cedo a pressão de não ter tempo a perder. Com isso, sua atenção torna-se totalmente fragmentada, dividida entre tantas mídias e estímulos diferentes, e sua tolerância a dedicar tempo a algo que não tenha tanta relevância é praticamente nula, o que significa um grande desafio para o profissional de comunicação.
UM PROBLEMA DE MÍDIA PARA TODOS
Não é apenas a Geração Z que possui tais características. Sem dúvida, a fragmentação da atenção é muito intensa para esse jovens, mas toda a sociedade hoje é bombardeada por uma quantidade gigantesca de mensagens de todos os tipos, o tempo todo. Desde meados de 1990, quando entramos na 5ª onda da publicidade no Brasil - marcada pela transição do analógico para o digital, tendo a internet como tecnologia de ruptura – a quantidade de veículos de massa cresceu assustadoramente. Com isso, aumentaram também as opções de entretenimento – salas de cinema, canais de TV aberta e fechada, títulos de jornais e revistas, websites e games, só para exemplificar. Os profissionais de comunicação, até então acostumados à fórmula perfeita e certeira da TV aberta, ou, no máximo, a um anúncio de página simples em revista de grande circulação, começaram a perceber que as regras do jogo estavam mudando.
Como atingir um consumidor que não está mais presente em apenas um tipo específico de veículo, em determinado horário, todos os dias? Como disputar com tantas mensagens, publicitárias e não publicitárias, e, principalmente, com o grau de interação proposto pela internet? Os profissionais de comunicação perceberam que a partir desse momento seria muito mais trabalhoso atingir o consumidor de forma impactante. O chamado Below The Line começou a ganhar espaço, e, de patinho feio da comunicação, tornou-se objeto de desejo de anunciantes de todos os portes. Ao passo que os veículos de massa buscam cada vez um nível maior de interação, e os meios interativos começam a atingir uma audiência de massa, os termos BTL e ATL acabam fundindo-se, criando um novo conceito: Through The Line (TTL).
Tornou-se importante, mais do que nunca, conhecer profundamente o consumidor. Em um ambiente tão saturado de informações e atenções tão fragmentadas, o diferencial é a mensagem, e não o meio. Se a mensagem for adequada, desenvolvida sob medida para o perfil que se busca atingir, a escolha dos meios será apenas uma conseqüência, uma parte da mensagem, e tem grandes chances de funcionar.
Não se trata de comparar a importância da mensagem ou do meio para uma campanha, trata-se de interação, de processo. Sem dúvida, ambos são essenciais para que os objetivos sejam atingidos. Mas ao escolher determinados veículos, ainda que estes possuam grande afinidade com o público-alvo, antes de pensar em uma mensagem pertinente e relevante, pode simplesmente não funcionar. Cada veículo deve ser pensado como uma oportunidade de potencializar a mensagem total. Mensagem e meio devem andar juntos, muito juntos, a ponto de não ser possível separar suas estratégias.
Dessa forma, é natural que o profissional de mídia seja, cada vez menos, o único responsável pela escolha das mídias e veículos. Primeiro, porque ele foi formado como um negociante de atacado, e essa fórmula não funciona mais. Segundo, porque com a atual importância da mensagem, não é mais possível separar o desenvolvimento criativo, o conceito de uma campanha, da escolha da mídia. Essas decisões precisam ser desenvolvidas em conjunto, e, para isso, o profissional de mídia precisará da ajuda de profissionais com diferentes especializações, principalmente do departamento de criação.
Em um Plano de Mídia 360 graus ideal, o consumidor deve ser pensado como único. É essencial ter em mente que, independente dos veículos escolhidos e estratégias utilizadas, todos os pontos de contato com a marca contribuirão, de forma positiva ou negativa, para que a mensagem final seja transmitida. Até mesmo a escolha de uma marca por não transmitir qualquer mensagem será entendida pelo consumidor como mensagem. Cada veículo, portanto, tem que ser entendido como uma pequena pecinha, uma parte do todo. Se ele estiver em descompasso ou transmitindo um conteúdo diferente do restante da campanha, será gerado um ruído que atrapalhará o entendimento do consumidor.
Também deve-se atentar para que cada veículo seja explorado no que oferece de melhor. Por exemplo, a TV oferece um rico recurso audiovisual, enquanto o rádio pode ser utilizado para estimular a imaginação do consumidor. Já a internet, oferece interação, enquanto um game oferece diversão e utilidade. Resumindo, não faria sentido utilizar a TV com o intuito de gerar interação e experiência com a marca, ou usar o rádio para apresentar as características físicas de um novo produto. Como um organismo, cada veículo deve desempenhar sua função, sempre transmitindo a mesma mensagem.
PROGNÓSTICO
No acelerado ritmo de desenvolvimento tecnológico em que vivemos e com a crescente demanda por gadgets cada vez mais avançados, é provável que a quantidade de mídias e veículos continue aumentando cada vez mais. Com isso, tendo em vista que o dia continuará tendo as mesmas 24h, a atenção das pessoas será cada vez mais fragmentada.
A publicidade, que hoje já disputa os precisos minutos de seus consumidores com pessoas comuns sentadas atrás de telas de computador e gerando conteúdo, passará também a competir com todo e qualquer objeto do dia-a-dia. É provável que, em um futuro não muito distante, tudo esteja conectado o tempo todo: pessoas a pessoas, objetos a objetos e pessoas a objetos. Ironicamente, a tecnologia que, para alguns, separava as pessoas, vai unir o mundo como nunca foi visto.
Se hoje os profissionais de comunicação precisam repensar seus métodos de produção, principalmente dentro das agência, no futuro eles serão forçados a fazê-lo, para sua própria sobrevivência. Qualquer coisa poderá ser uma nova mídia interativa, até mesmo objetos analógicos, e será cada vez mais difícil de encontrar o consumidor.
Seguindo essa mesma lógica, será também cada vez mais complicado traçar uma estratégia de comunicação certeira, prometer e medir resultados. Mas, por outro lado, quanto maior o risco, maior a possibilidade de um alto retorno. Se essa nova e complexa realidade for devidamente estudada e compreendida, as possibilidades de atingir ótimos resultados serão imensas. Como dito antes, tudo poderá ser uma mídia, e, portanto, tudo poderá ser visto como mais uma oportunidade de impactar o consumidor. Basta que a mensagem seja estrategicamente bem desenvolvida, relevante e sem ruídos. E, é claro, vista um excelente disfarce.
Para quem se interessar, é possível fazer o download do livro Onipresente, de Ricardo Cavallini, gratuitamente clicando aqui.
Livro de Cavallini sugere o futuro da comunicação by Gabriela Sifuentes is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Vedada a Criação de Obras Derivadas 3.0 Brasil License.
Based on a work at www.onipresentelivro.com.br.
09 fevereiro 2010
Buzz: novo serviço do Google integra redes sociais ao Gmail
O Google anunciou hoje o lançamento do Buzz, um novo serviço que integra redes sociais em uma área especial dentro do Gmail. O Buzz também vai funcionar em celulares, como iPhone e Android.
Via Terra.
26 janeiro 2010
O canto intelectual da Campus Party
Campus Party 2010 - de 25(ontem) a 31 de janeiro.
Bem, se você é tecnófilo o recado já está dado: seu corpo e seus gadgets naturalmente gravitarão em direção ao Centro de Exposições Imigrantes. Mas se você não é tecnófilo, que é o meu caso, meu convite é especialmente para você. Nem encane com a presunção da palavra "intelectual" no título desse texto, mas o fato é que o tema Internet tem muito assunto para quem curte história, psicologia, sociologia, filosofia, e é claro, comunicação - e que não faz ideia de como mandar um email por celular. Acho que é saudável gente querendo falar de Internet nesse sentido, principalmente fora do meio acadêmico, onde essas referências estão bem mais tímidas. Pense na quantidade de vezes que você já ouviu falar em redes sociais, comunidades virtuais, web 2.0, blogs - você faz alguma ideia da onde cada um desses termos surgiu? E nem quero dizer que é incompetência da sua parte: a origem e os conceitos de alguns deles estão pouco presentes nas pautas informativas.
Por isso, aos interessados, recomendo fortemente um debate da Campus Party que vai ser papo inteligente - BLOG Debate: Cibercultura e pesquisas sobre blogs e conversações online. O que me dá essa fé é a presença de André Lemos na mesa, talvez a sumidade brasileira em cibercultura. Sandra Montardo também desenvolveu estudos sobre netnografia, coisa séria. Se as questões levantadas forem boas, acho difícil sair bobagem dali.
Esse debate vai começar amanha, mas parece que o quente mesmo vai ser na quinta. Deem uma conferida aqui e no blog da Campus Party.
E bença!
*Recomendações:
Cibercultura - André Lemos
Apresenta com forte embasamento histórico e sociológico como se deu a mediação das relações pela internet e as implicações sociais disso. É um livro que põe o pé no chão e explica muito sobre o que é cibercultura, além de temas relacionados, como movimento cyberpunk, sexo virtual, e outros.
Cibercultura - Pierre Lévy
Esse aqui já seria a sumidade internacional no assunto, entendem? Mas independente disso, eu tenho a impressão de que o efeito deste livro é o contrário do de Lemos - enquanto o anterior põe o pé no chão, esse tira. Não por apresentar um ponto de vista contrário, mas o tom que Lévy fala é quase poético, bem melhor para divagações sobre o papel da Internet, Internet na arte, na política, e assim vai.
E esse você consegue ler um pouco na própria web, aqui.
22 janeiro 2010
05 janeiro 2010
A Maravilhosa Experiência Livre e Deficiente
Debout sur le Zinc é uma banda francesa, difícil de enquadrar em algum estilo - tendência de muita coisa boa que se tem feito por aí. A Wikipédia até tenta rotular, dizendo que é uma mistura de música francesa com música irlandeza, rock, klezmer, gypsy jazz (jazz cigano), tango e valsa. Dá pra ter idéia do som?
Descobri a banda brincando de descobrir música boa de outros países (atividade excitante com tendências ad infinitum, alerto). Na profusão de um sem-número de ferramentas (allmusic, skreemr, last.fm, wikipedia, isohunt), a ideia é ir separando o joio do trigo (via gosto - o parâmetro mais excelente que já inventaram), buscando sempre uma experiência válida e concreta com cada banda. Ocorre que, buscando a referência da referência da referência da referência, a experiência se torna mais pura, pois há pouquíssimos valores - além do som em si - relacionados com a banda. A experiência acontece dentro de um contexto mínimo - não se conhece a proposta do grupo musical, ou uma eventual roupagem adotada, rótulos ou estilos -, o que permite que a música soe mais alta do que outros potenciais parâmetros de julgamento e contemplação.
Quem gosta de baixar coisa nova sabe do que eu tô falando. Nossa posição como caçador de tesouros é ativa; digo, a banda não vem até a gente, mas a gente vai até ela, e pra isso é imprescindível que ela exista em quantos espaços virtuais forem possíveis. E ouvir pela primeira vez um banda recém baixada, da qual não se sabe nada além do nome, apenas deixando-a escorrer pelo tempo e pela sala, é das coisas mais gostosas de se fazer. Entretanto, esse deslocamento contextual nos deixa nus dentro de um universo experimental que, por vício ou virtude, se relaciona frequentemente com valores periféricos, como os estimulos visuais da identidade gráfica e do figurino dos músicos; a identificação com o perfil do fã-comum; opniões da crítica especializada e dos formadores de opnião; e os demais símbolos e signos que giram em torno do objeto. Exponho, por absurdo que soe: é possivel experimentar uma banda sem mesmo ouvir suas músicas.
O que quero dizer é que a internet nos propõe experiências mais puras (livres de valores orbitantes) do que as que temos fora dela - e talvez, por causa disso, experiências menores, deficientes. Não falo apenas de música, mas de literatura, artes plásticas, o que quer que seja. Exemplifico: ler uma poesia, no blog Maná Zinabre, do Leo Curcino ou do Heyk Pimenta e vê-los falar a mesma poesia num sarau são experiências distintas, que vão criar impressões e entendimentos diferentes. No blog têm-se uma identidade gráfica, uma proposta coletiva bastante aberta e a possibilidade de diagramação no texto. No sarau vemos a cara do sujeito, sua roupa, o tom de sua voz, as flexões e as gaguejadas, a reação da platéia; ali ele está inserido num contexto onde há iguais, e relacionamento com esses iguais; há o sotaque goiano do primeiro e o mineiro do segundo. A cabeleira cacheada, o modo sedutor e o sorriso sem-vergonha do segundo, assim como o jeito tímido e sincero do primeiro, dotado de um "quê" indígena (e algo feminino, sem duvidar de toda macheza) nas feições. Todo esse trem periférico - esse anel planetário - se mescla com a poesia que é dita e forma um só corpo, uma só existência.
De nós, experimentadores de primeira mão (já que somos a primeira geração que creceu com a coisa-internet), surge um modo novo de entender, processar e interpretar o mundo. Aliás, é desse mundo, de experiências virtuais e não-virtuais, puras e deficientes ou saturadas de valores periféricos, que a gente tira a matéria prima e cria valores pra fazer o que a gente tem chamado de vida. Não é?
Texto originalmente escrito para a coluna do dia 1 da revista-blog Maná Zinabre.